Nos dias 3 a 5 de setembro, em São Paulo, aconteceu a oitava edição da ABM Week, evento técnico-científico focado nas áreas de metalurgia, materiais e mineração. Um dos tópicos tratados foi a extensão da agenda da descarbonização na cadeia produtiva da indústria siderúrgica no Brasil.
A economia circular é um modelo econômico que propõe reduzir o desperdício e resíduos na produção, conciliando sustentabilidade com crescimento financeiro, aumentando a vida útil dos produtos e dando uma nova função aos materiais usados. O assunto foi abordado por Beatriz Luz, presidente do Instituto Brasileiro de Economia Circular (IBEC) e CEO da Exchange 4 Change Brasil.
Segundo estudos apresentados pela especialista, nas últimas cinco décadas o uso de recursos naturais cresceu em quatro vezes e 90% dos materiais foram usados e descartados, as informações vêm da Global Resources. Relacionando os dados à economia circular, Luz explica: “Na economia circular, temos um crescimento desconectado da extração, é um conceito que traz para nós novos produtos e novos materiais, coprodutos, resíduos que estão sendo transformados em matéria-prima”, diz.
Luz também ressaltou sobre práticas que verdadeiramente podem contribuir para a preservação do meio ambiente: “A gente precisa crescer de forma diferente, desconectada da exploração dos recursos naturais. Isso impacta a indústria do aço e a indústria de commodities”, destaca a especialista.
O papel das organizações
Conforme a speaker, o Escopo 3 da agenda de descarbonização, requer que as empresas tenham a missão de identificar e quantificar as emissões de carbono que não fazem parte da sua pegada direta, compreendendo as emissões associadas aos recursos ou matérias-primas utilizadas, além das emissões provenientes dos fornecedores. Esse processo, para Luz, é o mais árduo, por serem essenciais os fatores que são o centro da economia circular: cooperação e parceria. Além desses pontos, outras características desse método econômico podem ser aplicadas, como governança e competitividade, fronteira de análise e retorno de investimentos, relações comerciais e articulação, entre outros.
Luz finaliza abordando sobre a aplicação de soluções integradas: “Olhando além dos limites da empresa para alcançar benefícios escaláveis e reduzir o impacto ambiental. A inteligência coletiva e o pensamento circular podem expandir as soluções de descarbonização e alcançar resultados significativos, mas precisamos de cooperação para que toda a cadeia seja circular”, diz a especialista.
Acompanhando as inovações do segmento, sempre se mantendo atualizada, a M&M Cortes e Dobras trabalha com tecnologias avançadas para aumentar a eficiência operacional e reduzir os impactos ambientais.
Fonte: ABM Brasil
Foto: Reprodução/Site/ABM Brasil